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12 discos de rap nacional que marcaram os anos 90



1. Bem-vindos ao Inferno – Sistema Negro, 1994
CapaO altíssimo índice de criminalidade da cidade de Campinas, interior paulista, interferiu nas ideias pesadas do grupo nesse álbum. Chegaram a ser considerados os mais gangsters na época. As faixas “Cada um por si” e “Bem-vindos ao inferno” eram muito executadas e acompanhadas em coro pelo público nos bailes black de São Paulo. Inspirou novos rappers e foi sampleados, recortados e colados em muitos outros discos por uns 10 anos seguidos.
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2. Pule ou Empurre – RPW , 1994
Capa1Oriundos do movimento punk aplicaram rock no rap e uniram públicos, empurrando uns aos outros como num mosh. Apenas 1 single foi suficiente pra introduzir no Brasil um novo estilo de rap, já conhecido na gringa: o bate-cabeça.
O Bate-Cabeça era popular entre skatistas e pichadores além de ter sido bem aceito entre os adeptos do hip hop. E o Rpw representou bem essa cena nos anos 90.
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3. Preste Atenção – Thaíde e Dj Hum, 1996
thaideedjhum_presteatencaoPioneiros do hip hop no Brasil. Vieram da escola da São Bento e já eram muito respeitados por seus trabalhos lançados desde 89. Esse foi o sexto disco da dupla e a história do hip hop no Brasil passa obrigatoriamente por ele. Destaque para as faixas: “Preste Atenção”, “Afro Brasileiro” e “Sr. Tempo Bom”.

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4. Prepare-se! – GOG, 1996
GOG Prepare-seOuso dizer que Gog foi o principal representante dos movimentos de lutas sociais no rap nacional e este foi o quarto álbum do rapper brasiliense que foi considerado o melhor letrista brasileiro do gênero (Prêmio Porte Ilegal). As faixas “Periferia Segue Sangrando” (cujo video-clipe foi muito aclamado e exibido várias vezes na MTV) e “E Se Esse Som Estourar” (com participação do mestre Thaíde) foram as mais executadas.
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5. Sobrevivendo no Inferno – Racionais Mc´s, 1997
Racionais Mc's Sobrevivendo No InfernoRacionais já era o grupo mais influente e parecia ser o que mais retratava a realidade dos periferianos. Este foi o quarto disco do grupo e provavelmente o disco de rap mais vendido no Brasil. Até quem não curte rap conhece “Diário de um detento” e talvez “Fórmula mágica da Paz”.

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6. Utopia – Dj Jamaika, 1998
DJ Jamaika Utopia (Se Fosse Sempre Assim...)Primeiro disco solo do rapper e dj de Brasília e mais um importantíssimo ítem pra enteder o rap brasileiro. Grande conhecedor da música negra, Dj Jamaika trouxe mais musicalidade pro rap nacional e teve uma boa aceitação em todo o país. Com suas letras bem pesadas era considerado gangsta e ganhou destaque com as faixas “Tô só Observando” e “Dando trabalho pros Anjos” cujo videoclipe foi muito executado na MTV.
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7. Contos do Crime – Consciência X Atual, 1998
CXA CONTOS DO CRIME.Depois de “Tráfico de idéias” o grupo lançou um dos mais aclamados discos de rimas pesadas, no qual versavam sobre o dia-a-dia do crime – como sugere o título. E sobre como o crime refletia na vida da comunidade. “Herói sem medalha”, “Segredos do Amanhã” e a faixa título não foram executadas na tv nem no rádio (exceto as comunitárias), mas direcionaram a vida de muitos jovens que não encontravam saída do crime, formaram centenas de soldados do rap e influenciaram as palavras do rappers de hoje.
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8. Arrependa-se – Apocalipse 16, 1998
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O grupo estreou em grande estilo. Com gravação própria (Gravadora 7 Taças) o primeiro álbum do APC16 teve participação de Edi Rock e Thaíde e foi muito bem recebido e aceito pelo público do rap, mesmo sendo gospel. As idéias evangélicas do grupo foram fundamentais para que vários irmãos se livrassem do tenebroso mundo do crime. Se destacaram as faixas: “A chave da vida”, “Minha Oração”, “Arrependa-se” e “Não perca sua vida na noite”.
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9. Eu Tiro é Onda – Marcelo D2, 1998
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D2 já tinha uma experiência bem-sucedida na música com o Planet Hemp. A proposta em seu primeiro disco solo foi fazer rap com samba. Ele cumpriu proposta e ainda fez escola no Rio de Janeiro. Sem dúvida um dos primeiros a mostrar pro Brasil o rap do Rio e até hoje esse disco é uma grande referencia pra vários rappers novos.
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10. Traficando Informação – MV Bill, 1999
mv bill - traficando informaçãoFoi uma remasterização do disco CDD Mandando Fechado com 03 faixas inéditas, onde Bill descrevia a realidade de uma das favelas mais violentas e discriminadas do mundo, a Cidade de Deus – comunidade onde o rapper nasceu, cresceu e a qual se referia com carinho. O disco foi produzido por Ice Blue e teve participação de Kl Jay, Dj Will e sua irmã Kmila CDD. O trabalho rendeu a Bill o prêmio de Maior disco de rap da Améria Latina (Hutúz), melhor videoclipe com “Soldado do morro” (Hutúz e Video Music Brasil) e uma acusação de apologia ao crime também com “Soldado do morro”. Na época Mv Bill causou polêmica ao subir no palco do Free Jazz Festival com uma arma na cintura. Outras faixas muito executadas foram “A noite” e “Traficando informação”.

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